A dor lombar (lombagia e lombociatalgia) é atualmente uma das principais causas de consulta médica em todo mundo e uma das principais causas de falta ao trabalho e de incapacidade definitiva. É grande o impacto social e econômico com bilhões de dolares gastos anualmente e a lombalgia é considerada por alguns como epidemia. Acomete homens e mulheres igualmente e costuma ter inicio entre 30 e 50 anos de idade e dois terços dos adultos irão sofrer de lombalgia em algum momento de suas vidas.
O disco vertebral é composto pelo núcleo pulposo e ânulos fibrosos. Ao longo do processo de envelhecimento normal de todas as pessoas, os ânulos fibrosos vão rompendo, e o núcleo pulposo vai se projetando para fora, o que chamamos de Protusão discal. Quando esses ânulos fibrosos rompem completamente são chamados hérnias discais.
Em um modelo de tratamento baseado na patologia como causa da dor, o tratamento é direcionado para identificar a anormalidade estrutural e aplicar medidas adequadas de tratamento. Sinais e sintomas nem sempre são correlacionados com a alteração ou anormalidade estrutural e na maioria dos casos, os sintomas desaparecem mesmo quando a anormalidade estrutural não esteja completamente corrigida ou eliminada. Radiografias, ressonância magnética e tomografia computadorizada apresentam altas taxas de falso-positivo em indivíduos sem dor lombar, ou seja, nem tudo o que os exames e laudos mostram estão relacionados com os sintomas apresentados. É preciso ter cuidado, pois grande parte da população que não apresentam dor lombar, apresentam problemas discais como protusão ou hérnia de disco.
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A escoliose idiopática do adolescente é definida como uma curva lateral e rotacional da coluna vertebral, medindo pelo menos 10 graus, conforme determinado pelo método de Cobb. Trata-se de uma condição que afeta a coluna, a caixa torácica e a cintura pélvica. Como o próprio nome indica, a etiologia da escoliose idiopática da adolescência é desconhecida e descrita como multifatorial. Diversos estudos mostram que sua prevalência é maior no sexo feminino. Em geral, o diagnóstico é feito por exclusão. As curvas escolióticas tendem a progredir durante o estirão de crescimento, podendo também avançar na vida adulta, resultando em alterações estruturais significativas. No Brasil, a prevalência varia entre 1,03% e 15,8%. Exames rotineiros para detecção de alterações na coluna vertebral em crianças e adolescentes são fundamentais para o diagnóstico precoce, momento em que a maioria dos casos não demanda tratamento cirúrgico.
O tratamento fisioterapêutico é indicado em todos os graus de escoliose. Para curvas leves, os exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose, como os métodos Schroth, BSPTS conceito Rigo e SEAS, são aplicados para evitar a progressão da curvatura. Em curvas moderadas, a fisioterapia é associada ao uso de colete ortopédico, desempenhando um papel crucial na otimização dos resultados. Já em curvas severas com indicação cirúrgica, a fisioterapia é igualmente importante tanto no pré quanto no pós-operatório, ajudando na preparação e na recuperação do paciente, visando à manutenção e melhoria da função e postura.
Existem órteses específicas e mais modernas disponíveis atualmente, que são fabricadas de forma individualizada, de acordo com o padrão da curva escoliótica de cada paciente. Em geral, as órteses são indicadas para escolioses idiopáticas de porte médio, entre 20° e 40°, e também para cifoses que envolvem várias vértebras, como na doença de Scheuermann, entre 50° e 70°. Escolioses congênitas e neuromusculares, devido a fatores como o crescimento desequilibrado das vértebras e constrição torácica, respectivamente, não respondem bem a tratamentos conservadores.
Tanto a fisioterapia especializada quanto o uso de órteses têm como principal objetivo impedir a progressão da curva escoliótica até a completa maturidade esquelética do paciente.
A sacroileite é definida como uma dor originada da articulação sacrilíaca, originada por uma degeneração ou alteração da mobilidade articular. É considerada como fonte primária de dor em 15% dos pacientes com dor lombar baixa e dor na região glútea. Esta epidemiologia não é tão exata. Alguns estudos demonstram a incidência de 13% a 30%.
Quando a sacroileite é decorrente de um processo degenerativo, a maior incidência é depois da terceira década de vida.
A causa mais comum de dor da articulação sacrilíaca é idiopática. A literatura não revelou uma correlação precisa entre a história dos pacientes e o diagnóstico de sacroileite. Porém, existem alguns potenciais causadores do processo inflamatório e da dor: hiper / hipomobilidade, alteração ligamentar, tensão capsular, forças de compressão e cisalhamento e distúrbios miofasciais.
O seu diagnóstico é ainda mais difícil. Na tentativa de elaborar um exame clínico confiável, com alta especificidade e reprodutibilidade, foram selecionados 5 testes para elaborar um esquema de avaliação da articulação sacrilíaca. A fisioterapia atua no controle dos sintomas, ganho de mobilidade, liberação miofascial e fortalecimentos musculares específicos.
Discectomia é um processo cirúrgico, que consiste na remoção do disco intervertebral ou parte dele. É indicado quando existe uma compressão nervosa importante, ocasionando principalmente a perda de força e alteração de reflexos. Geralmente só é realizada após a falha dos métodos de tratamento conservador, como a fisioterapia e medicamentos.
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A artrodese ou fusão da coluna lombar consiste em um procedimento cirúrgico que visa conectar duas ou mais vértebras permanentemente com o uso de parafusos, hastes ou placas.
Normalmente o tratamento cirúrgico é indicado quando o tratamento conservador bem feito (fisioterapia/ medicação) não teve sucesso, quando existem perdas neurológicas (perda de força, reflexos e/ou sensibilidade), fraturas e ou listeses avançadas (escorregamento de vértebra).
A cicatrização óssea geralmente leva de 6 a 8 semanas e o paciente faz uso de colete estabilizador nas primeiras semanas. Depois disso o grande objetivo é recuperar a função normal, trabalhando força e ganho de controle motor.
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