Uma das lesões do quadril mais estudadas recentemente, com maior predomínio em indivíduos praticantes de atividade esportiva, trata-se de uma lesão decorrente do choque ósseo precoce entre o colo do fêmur e a borda do acetábulo devido a alterações no formato ósseo do colo femoral, do acetábulo ou mesmo dos dois simultâneos. Estas alterações podem ser congênitas ou adquiridas após sequelas de fraturas ou lesão de Perthes por exemplo. Quando a alteração óssea é presente no colo femoral dá-se o nome de Impacto Femoroacetabular do Tipo CAM, quando presente no acetábulo Impacto Femoroacetabular do Tipo PINCER e por último, o Tipo Misto quando as alterações estão presentes no colo femoral e acetábulo.
Segundo estudos científicos o tratamento pode ser conservador com fisioterapia específica e qualificada e cirúrgico nos casos em que não houver sucesso com a fisioterapia, ou seja, preconiza-se o tratamento conservador antes do cirúrgico.
Pelo fato da lesão ser de caráter dinâmico, é importante que a avaliação cinético-funcional realizada pelo fisioterapeuta seja criteriosa e minusciosa, e da mesma forma, todo o processo de reabilitação, sendo o mais ativa possível com técnicas de terapia manual para a restauração da amplitude de movimento quando necessário, estratégias de fortalecimento muscular e controle motor, se esta for a causa principal e correções do movimento quando estes estiverem sendo mal executados, por exemplo.
Portanto, é o fisioterapeuta que será responsável por toda sua reabilitação e nós da Physio&Science, através de todo embasamento científico, estamos a disposição e preparados para ajudá-lo a solucionar suas disfunções e melhorar a sua qualidade de vida.
A artrose ou osteoartrose de quadril é uma degeneração dos tecidos que compõem as articulações com instalação progressiva da dor, deformação e limitação dos movimentos. Ocorre, portanto uma diminuição do espaço articular por causa da perda cartilaginosa na área de maior suporte de carga, dirigida na maioria das vezes por fatores mecânicos.
As principais causas de osteoartrose secundária são a Necrose Asséptica da Cabeça Femural, as doenças reumáticas (ex.:Artrite Reumatóide), as displasias congênitas do quadril e as sequelas de trauma (fraturas do colo, cabeça femural e fraturas acetabulares).
Para esses pacientes, a Physio&Science trabalha no controle de dor e recuperação da função com eletroterapia, acupuntura, técnicas de terapia manual ortopédica, exercícios específicos, treino proprioceptivo.
A principal indicação para a prótese (artroplastia) de quadril é para pacientes diagnosticados com osteoartrose primária ou secundária, que não obtiveram melhora com tratamento clínico, a qual tem como objetivo principal alívio da dor e melhora da função do paciente.
Alguns critérios podem ser utilizados para a indicação definitiva, entre eles:
• Dor diária progressiva inclusive de caráter noturno
• Uso diário de medicação analgésica ou antiinflamatória
• Incapacidade parcial de atividades diárias (Ex.:higiene pessoal e vestuário)
• Limitação progressiva da amplitude articular evoluindo com hipotrofia muscular
A próteses de quadril pode ser parcial (substituição somente da superfície articular da cabeça femural) ou total (envolve a substituição da superfície articular da cabeça do fêmur e do acetábulo).
A incidência desta cirurgia é mais alta entre idosos devidos as doenças articulares degenerativas e aumento da incidência de fraturas do colo do fêmur, porém, se tiver indicação, pode ser feita em qualquer idade.
Os objetivos da Physio&Science com esses pacientes são primeiramente as orientações nas atividades diárias, a fim de evitar luxação da prótese e outras complicações pós-cirúrgicas. Além disso, o controle dos sintomas e principalmente recuperação da função também fazem parte do tratamento através da eletroterapia, técnicas de terapia manual ortopédica, liberação miofascial e drenagem de edema, exercícios em academia, hidroterapia, treino proprioceptivo.
A doença de Legg-Calvé-Perthes é caracterizada pela necrose avascular da epífise femoral em crescimento, sendo autolimitada e idiopática. Porém, simultaneamente, várias áreas estão sendo reparadas pela substituição do osso necrótico por tecido não mineralizado com deposição e fixação do cálcio, recuperando sua resistência óssea natural e concluindo a fase de reossificação, com conformação esférica ou não, de acordo com a evolução da doença.
A incidência varia de acordo com a localização, variando entre 1:1200 à 1:12500, sendo maior no sexo masculino na proporção de 5:1, com predominância em crianças de raça branca. Cerca de 80% dos pacientes com essa patologia tem entre 4 e 9 anos de idade, com uma média de 6 anos e uma extensão que vai de 2 anos de idade até 13 anos.
O quadro clínico é manifestado por dor no quadril, na região medial da coxa ou no joelho, com claudicação e limitação da amplitude articular de movimento, sendo estes sintomas variáveis em intensidades para cada paciente. Os sintomas habitualmente estão relacionados às atividades e são aliviados pelo repouso. Em decorrência de sua natureza branda, na maioria das vezes os pacientes não dão atenção até semanas ou meses depois do início clínico da patologia, podendo provocar um atraso no diagnóstico e consequentemente no tratamento.
O diagnóstico é feito pelo quadro clínico e confirmado com o exame radiográfico e/ou outros exames complementares.
O prognóstico da Doença de Legg-Calvé-Perthes depende de alguns fatores:
• Idade do paciente: quanto mais jovem o paciente, maior o tempo para a remodelação da epífise após a cicatrização
• Extensão da necrose: quanto maior a extensão do envolvimento radiológico da necrose, pior o prognóstico
• Peso corporal: Quanto maior o peso corporal, maior é o dano da cabeça femoral
O principal objetivo do tratamento para a equipe Physio&Science, é a prevenção das deformidades da cabeça do fêmur, para assim evitar a degeneração precoce da articulação do quadril, mantendo a mobilidade articular e alívio da dor.
Na fase inicial, o tratamento consiste em repouso e eliminação da carga de peso no quadril afetado, fazendo uso de muletas. Além disso, a Physio&Science atua na manutenção da mobilidade e ganho de força com exercícios no solo e hidroterapia. Com a melhora dos sintomas e da necrose, é feito o treino de marcha com descarga parcial de peso até a retirada completa das muletas, e treino proprioceptivo ate a recuperação total da função, devolvendo o paciente para as atividades diárias e esportivas.
A Síndrome Grande Trocânter ou Bursites/tendinites Trocantéricas são caracterizadas por dor localizada na face lateral do quadril podendo ser referida para face lateral da coxa ou glúteos. Provêm da irritação de estruturas como a bursa ou tendões que se inserem no grande trocânter ou até mesmo oriundas da coluna lombar.
A causa pode ser Traumática com choque direto na face lateral do quadril como quedas ou Atraumáticas oriundas de fraqueza muscular dos estabilizadores do quadril e pelve, geralmente associado a excesso de atividade física ou má execução dos movimentos e também podem ser secundárias a lesões intra-articulares como osteoartrose, lesão labral e Impacto Femoroacetabular por exemplo.
A fisioterapia é o tratamento inicial, com avaliação cinético-funcional criteriosa a fim de encontrar qual a verdadeira origem da dor, coluna ou quadril, e assim corrigir os fatores causais, sendo predominantemente ativa com exercícios corretos e seguros e uso de recursos para controle da dor somente quando necessário e presença de elevado quadro álgico. Nos casos em que os sintomas são resistentes a fisioterapia, ou seja, quando não há total resolução dos sintomas mesmo com uma reabilitação adequada, encaminha-se o paciente para o ortopedista especialista ou médico da dor para possibilidade do tratamento invasivo como medicações injetáveis por exemplo, porém são poucos frequentes.