Entorse lateral de tornozelo é a lesão mais comum associada ao trauma esportivo e no cotidiano das pessoas. Apesar do diagnóstico correto e gerenciamento adequado do tratamento, alguns pacientes evoluem para instabilidade crônica com sintomas de dor, presença de edema e falta de segurança para fazer determinadas atividades. Caso haja fratura de tornozelo no momento do entorse, a reabilitação será de acordo com a fratura em questão.
Instabilidade crônica do tornozelo é uma consequência comum no tornozelo após trauma em inversão, descrito acima. O cirurgião deve descartar anormalidades que predisponham a instabilidade, tais como pé cavo varo, subluxação dos músculos fibulares ou doenças neuromusculares. Uma vez feito diagnóstico de instabilidade, é escolhida a melhor técnica cirúrgica de acordo com a idade, nível de instabilidade e demanda física.
Normalmente o tratamento é conservador com fisioterapia, sendo os principais objetivos o controle dos sintomas de dor e edema, ganho de mobilidade, fortalecimento muscular e treino sensório motor. Caso o paciente não tenha sucesso com o tratamento conservador, ou não consigo voltar às suas atividades esportivas, o tratamento cirúrgico pode ser uma opção.
Os reparos cirúrgicos são divididos em 2 grupos: anatômicos e não-anatômicos. Os anatômicos reconstroem os ligamentos em sua forma original, enquanto os reparos não-anatômicos necessitam de ressecções ósseas ou até mesmo reforços musculares adjacentes. Dentre as técnicas anatômicas utilizadas, a Broström-Gould tem sido a mais comum, apresentando bons e excelentes resultados na maioria das vezes. Com esta técnica, o reforço do ligamento é feito através do retináculo extensor, sem sacrificar outras estruturas anatômicas.
A fascite plantar é caracterizada não por processo inflamatório, mas por degeneração da fáscia plantar. A dor súbita na região da borda medial do calcâneo e dor em descarga de peso após período sem descarga de peso (primeira pisada pela manhã, por exemplo) são sintomas característicos da fascite.
Os principais objetivos da fisioterapia são o controle da dor, liberaçãoo miofascial da fascial plantar e panturrilha, assim como orientação de alongamentos a serem feitos diariamente em casa.
O aumento da incidência de rupturas do tendão de Aquiles é resultado do aumento da participação esportiva dos indivíduos ativos e saudáveis.
A tendinopatia é a combinação de dor, edema local e limitação funcional do tendão. Sobrecargas excessivas e repetitivas são consideradas suas principais causas. Os tendões tendem a evoluir com inflamação, degeneração do corpo ou combinação da inflamação e degeneração quando as cargas impostas ultrapassam o limiar fisiológico. Mesmo que os estresses não ultrapassem esse limite do tendão, um tempo muito curto de recuperação do tendão pode resultar na falha de sua regeneração, predispondo à lesão crônica do tendão do calcâneo.
Em casos mais graves, associado a mecanismos que envolvem movimentos de flexão plantar abrupta ou uma dorsiflexão plantar de um pé previamente em flexão plantar, ou um trauma direto sobre o tendão, podem causar rupturas no tendão de Aquiles.
Nas tendinites, a fisioterapia atua no controle dos sintomas e edema, liberação miofascial da panturrilha, mobilização articular e exercícios específicos.
O tratamento de uma ruptura do tendão de Aquiles pode ser tanto cirúrgico (Aberto ou Percutâneo), principalmente em atletas e pacientes jovens, ou conservador (fisioterapia).